Vens-me com a história da Luísa. Esquece-a.
A Luísa sempre existiu, muito antes de ti já ela existia. Que ameaça te pode ela sugerir? Eu respondo: nenhuma.
A Luísa é assim, vai e volta, avalia se pode aprontar e decide, para depois voltar a partir… Esta é a Luísa!
Luísa como a maré, mas ainda ela não subiu e já tu a estás a executar. Deixa ser ela própria a afastar-se, escusas de te estar e encrespar toda por causa dela. Não podes ter ciúmes dela porque a Luísa é… a Luísa, apenas.
O segundo nome dela pode ser bastante chique se lhe acrescentasse um ‘de’, Chamava-a de ‘Luísa de Ninguém’. Ok, desculpa. Não devia de brincar ou falar-te dela assim mas que queres? Não resisto. Espera estás a entender mal. Não resisto de brincar com o nome dela agora que te falei dele. Outro nome podia ser ‘Luísa de Luas’.
Mas vamos resolver isto de uma vez, a Luísa nunca foi minha (se bem que a Luísa nunca foi de ninguém – assim é a Luísa, lol). A Luísa nunca definiu rótulos, nunca guerreou territórios, nunca assinalou as conquistas, a Luísa nunca se apegava a nada, deixava…Eu não acredito. Lembrei-me de uma frase que uma vez uma amiga, a Princesa, deixou em post no frigorífico lá de casa e que era exactamente a descrição da maneira como a Luísa deixava tudo – livre. “Amo a liberdade, por isso… Deixo as coisas que amo livres… Se elas voltarem é porque as conquistei… Se não voltarem é porque nunca as possui.” de John Lennon. E a verdade é que todos deixamos sempre uma a porta aberta…
A nossa forma de voltar era quando ela aparecia, regressava, eu sei lá… Nunca soube nada daquela miúda, nunca ninguém avançou sem que antes ela o permitisse, era o jogo dela em que de alguma maneira te dizia que podias jogar porque ela estava disponível para jogar. Toda a sensação de tu a poderes controlar era ilusória, isso só acontecia porque ela o permitia e acabava no instante em que o jogo quebrava, que era quando também ela o decidia.
Mas esquece, hoje as coisas são diferentes. Deixa-te de ser convencida, porque pensas que ela voltando seria para me roubar de ti?
Para que queres que ponha os pontos nos i’s com ela? Não é difícil perceber que namoro, até porque ultimamente é difícil dares-me margem de manobra. Para que vou eu dizer para se afastar quando se calhar ela nem se irá aproximar? Ela sabe avaliar e…ela sabe quando estás disposto a jogar.
Vá, vamos terminar isto. A Luísa não é uma realidade, quer dizer ela existe mas apenas em lapsos de tempo. È ilógico discutir pela brevidade temporal que significa este assunto.